terça-feira, 4 de junho de 2013

Informativo «Quase entrei num caminho sem saída, e cada vez fui me afundando mais», Dhyne Eliz

Minha vida virou uma bagunça, pois eu queria ser livre

Toda semana, o programa PHN traz um testemunho de vida e conversão para mostrar aos jovens que é possível, sim, recomeçar e viver em Deus. Nesta terça-feira, 4 de junho, a convidada do programa é a missionária da comunidade Canção Nova Dhyne Eliz. A equipe do site da TV Canção Nova fez uma entrevista exclusiva com ela sobre sua história de conversão.
Missionária Dhyne Eliz
Foto: Arquivo pessoal

Dhyne Eliz tem 23 anos e nasceu na cidade de Curitiba, no Paraná. Ela iniciou seu caminho vocacional, no ano de 2008, e ingressou na comunidade em 2011. Hoje, a missionária está na missão de Cachoeira Paulista (SP) e trabalha como produtora do programa PHN. Junto com o núcleo jovem da TV, ela tem como missão resgatar testemunhos que levam Deus para mais próximo das pessoas nessa luta de "Por Hoje Não vou mais pecar".

Leia, a seguir, a entrevista com Dhyne Eliz:

TV Canção Nova: Conte-nos um pouco sobre sua infância e adolescência.

Dhyne Eliz: Eu tive uma infância muito boa, graças a Deus; com muitas dificuldades financeiras, mas meus pais sempre lutaram e fizeram todo esforço para dar o melhor para nós. Mesmo diante de tanta simplicidade, eu cresci vendo o amor deles por mim e pelo meu irmão. Eles estavam aprendendo a ser pais e nos tratavam com muita rigidez. Então, fui crescendo um pouco revoltada, mas, hoje, entendo que era a maneira deles nos amarem.

Eles sempre foram católicos, mas, no início do casamento, afastaram-se um pouco de Deus. Depois de tanto quebrar a cabeça, voltaram para a Igreja; foi aí que a vida como família foi melhorando. Eles brigaram muito durante a minha infância. Meu pai tinha um jeito bem sério de ser, fechado. Então, eu tinha muito medo dele e eu fui crescendo assim. O jeito de ele nos amar era dando a vida no trabalho para trazer comida para dentro de casa. Mas, na época, eu não entendia e achava isso um absurdo, porque não conseguíamos ter diálogo em casa. Era só briga! Mas a atitude daquele homem, de estar sempre trabalhando, chegando tarde em casa e fazendo hora extra, era para dar o melhor para mim e para o meu irmão.

Ouça, na íntegra, a entrevista com Dhyne Eliz

TVCN: Como era a sua vida antes de você ter tido uma experiência com Deus?

D.E.: Como fui crescendo bem revoltada, acabei indo por caminhos contrários àquilo que é correto. Aos 13 anos, conheci pessoas que podiam fazer tudo aquilo que eu não podia: sair, divertir-se. Eu olhava para elas e as achava livres. Então, olhando essa realidade, eu quis me envolver nela e acabei entrando no caminho das drogas, da bebida, do cigarro.

Eu tive uma vida desregrada também na parte afetiva. Então, minha vida foi virando uma bagunça por causa dessa minha curiosidade, dessa vontade de ser “livre”, de sair; por isso acabei me distanciando, cada vez mais, dos meus pais e acabei levando o meu irmão para o mau caminho também. Na época, quase entrei num caminho sem saída, pois cada vez fui me afundando mais nas drogas. Comecei com o cigarro, fui para a bebida, depois maconha, tíner, lança-perfume e cola de sapateiro. Fiquei por quase três anos assim, e a minha mãe sofrendo, porque eles nunca tinham vivido isso. Educaram-nos de forma bem rígida, do jeito deles, para nos guardar. Mas minha mãe nunca desistiu de mim, mesmo eu maltratando ela, respondendo para ela, enfrentando-a. Ela sempre rezou, intercedeu por mim. Foi esse processo, foi por meio das orações dela, que eu consegui sair das drogas. Toda noite, ela ia até a porta do meu quarto, estendia as mãos e pedia para Deus me tirar daquele caminho. Foi assim o meu encontro com Deus.

TVCN: Em qual momento você teve o seu primeiro encontro pessoal com Deus?

D.E.: Um dia, lá na minha casa - eu ainda estava namorando -, lembro-me que minha mãe queria que eu participasse de um grupo de jovens, mas eu nunca quis saber disso. Eu estava em casa; minha mãe e meu pai estavam, na sala, assistindo à TV Canção Nova. Minha mãe me chamou na sala e estava passando um show do DDD; ela sabia que eu gostava muito de música. Quando eu cheguei na sala e vi aqueles dois malucos cantando “doido, maluco, pirado por Jesus”, eu me encantei e uma alegria tomou conta de mim. Daí, veio o desejo de participar de um grupo de jovens. Mas eu queria que fosse na Canção Nova. Então, fomos pesquisar e descobrimos a Casa de Missão de Curitiba (PR). No dia 12 de janeiro de 2007, fui, pela primeira vez, ao grupo de jovens.

Eu fui atrás dessa alegria que eu tinha visto na televisão. Chegando lá, fomos muito bem acolhidos. Levei meu irmão e mais cinco primos comigo. Lá, vimos aquela alegria, as músicas, a animação e eu fui me deixando envolver. Quando chegou o momento da oração, foi uma "trombada" com Jesus. Por meio da música “Livre Acesso”, a missionária Sheila foi falando tudo que eu tinha vivido e, ali, eu tive meu primeiro encontro pessoal com Deus e nunca mais fui a mesma.

TVCN: Como foi seu chamado para tornar-se missionária?

D.E.: Comecei a ir, todos os dias, no grupo de jovens, no grupo de oração, nos acampamentos. Então, fui percebendo que eu estava muito ativa na comunidade e me deixando envolver, interessando-me em saber como era a vida missionária; vendo os testemunhos dos missionários que estavam lá, fui perguntando e descobrindo. Dentro de mim, Deus foi falando. Quando eu entrava naquele lugar, era algo diferente que eu sentia, um desejo grande de dar toda a minha vida para o Senhor. 

As pessoas olhavam para mim e falavam: “Você tem cara de Canção”. Eu não entendia. Como assim "cara de Canção Nova"? Aos poucos, fui entendendo [o que eles queriam dizer] e comecei a dar os passos. Foi tudo muito rápido, mas eu vi a mão de Deus conduzindo todas as coisas. Era a maneira d'Ele me pegar, e, desse jeito, eu fui dando a minha resposta, o meu 'sim'.

TVCN: Qual seu objetivo de vida como missionária?

D.E.: É ser verdadeiramente uma missionária. Não só de palavras nem de aparências, mas, verdadeiramente, seguir aquilo que é o Evangelho e dar a vida pela evangelização, pela salvação das almas, pela minha santificação e a santificação das outras almas.


Fonte;http://www.cancaonova.com/

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